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sábado, 19 de dezembro de 2009

A CÚPULA DO CLIMA FRUSTOU A HUMANIDADE


ALGO DE MUITO GRAVE ACONTECEU NA CAPITAL DA DINAMARCA

Em clima de absoluta frustração encerram-se, nesta sexta feira, 18 de dezembro de 2009, os trabalhos da Cúpula do Clima, como ficou conhecida a 15ª Conferência da Mudança do Clima da ONU (COP-15) realizada em Copenhague, capital da Dinamarca.

Os representantes dos países demonstraram absoluta incapacidade e incompreensão da gravidade do momento que vivemos.

A maioria das delegações, principalmente as dos países mais influentes no cenário mundial estavam despreparadas ou mal intencionadas, e o tão esperado acordo não vingou.

A delegação brasileira foi para Copenhague chefiada pela Ministra Dilma Rousseff que demonstrou ter viajado à Copenhague pensando mais em propaganda eleitoral no Brasil do quê nos reais problemas climáticos do planeta. É evidente que essa ministra não tem capacidade teórica, nem militância na causa, para representar os brasileiros nessas discussões, não conhece o tema e não tem autoridade. É uma pena que a Marina Silva não seja mais a Ministra o Meio Ambiente no Brasil. Numa hora dessas a gente vê a falta que ela faz!

O Lula foi à Copenhague e saiu antes dos trabalhos terminarem, mais uma vez demonstrou não ter a compreensão da importância do momento e da gravidade da situação do momento presente para toda a humanidade.

Não estou culpando a delegação brasileira pelo fracasso da conferência, estou apenas registrando o clima de fogueira de vaidades e o utilitarismo político em que Copenhague se tornou. Quantas outras delegações como a brasileira existiam lá?

Devo render homenagens ao presidente boliviano Evo Morales, pela posição firme e clara que adotou defendendo a criação de uma Corte Internacional Penal Ambiental. Parabéns Evo!

As organizações não governamentais que também se reuniram em Copenhague para acompanhar e fazer pressão sobre os delegados oficiais membros da ONU. Saíram frustradas!

No Brasil muitos líderes populares, sindicais e intelectuais já se manifestam sobre o desastre de Copenhague, entre eles João Pedro Stédile, Leonardo Boff e outros.

Hoje estamos todos de ressaca!

Nesse momento me vem à cabeça a lembrança de um momento importante da luta pela redemocratização do Brasil, o tema da vez era a Anistia Ampla Geral e Irrestrita, pela qual lutávamos na década de setenta. Quando a anistia foi aprovada ainda sob o general presidente, João Figueiredo em 1979, ao vermos que ela não era ampla, nem gral nem irrestrita, nos reunimos em frente à Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo no Lago São Francisco, no centro de São Paulo para um ato público. Éramos umas cem pessoas, não mais, lá falaram José Gregori, Teresinha Zerbini e em seguida ouvimos do velho Miguel Reale: “A luta continua!” Essa frase depois virou bordão no movimento sindical e popular.

Vale agora: A LUTA CONTINUA, COMPANHEIROS!

Rosalvo Salgueiro