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sexta-feira, 18 de abril de 2014

SERPAJ-Brasil Realiza Assembleia Geral Extraordinária para Eleger Nova Coordenação Nacional


O SERPAJ-Brasil realizará no próximo dia 05 de maio Assembleia Geral Extraordinária para eleição da nova Coordenação Nacional e finalmente efetivar a mudança da Sede Nacional para a cidade de Mandirituba, na Grande Curitiba, Capital do Estado do Paraná.
Esta assembleia legalizará uma situação que de fato já ocorre, pois desde outubro de 2009 os trabalhos da entidade estão sendo coordenados a partir Mandiritua.

A seguir vai a íntegra do Edital de convocação que além de publicado aqui, o que por si garante o mais amplo conhecimento de todos os interessados, será afixado no quadro de avisos na sede da entidade conforme mandam os nossos Estatutos.



EDITAL DE CONVOCAÇÃO
A Coordenação Nacional do SERPAJ-Brasil, CNPJ. 49.474.182/0001-21, no uso das prerrogativas que lhe conferem os Estatutos sociais da instituição, na forma do art. 11.g combinado com o art. 18.a, e ainda art. 19 Parágrafo Único, CONVOCA os delegados do Conselho Deliberativo Nacional para em Assembleia Geral Extraordinária que se realizará no dia 05 de maio de 2014, às 10h00min em primeira convocação, e 30 minutos após em segunda convocação no auditório da sede do Movimento Terra de Deus, Terra de Todos, à rua Calídice, 187, no Parque Madalena – Bairro de Ermelino Matarazzo – Capital do Estado de São Paulo, para discutir e deliberar sobre a seguinte pauta:

1 -  Análise das contas e da atuação da Coordenação Nacional cujo mandato se finda;

2 - Prorrogação do mandato da Coordenação para cobrir eventual período vacante;

3 - Eleição e posse dos coordenadores para recompor a Coordenação Nacional.

4 - Discussão e deliberação sobre a mudança da Sede Nacional da Entidade para a cidade de Mandirituba- PR;

5 - Informes Gerais e Assuntos diversos.

 Ferraz de Vasconcelos, 18 de abril de 2014
A Coordenação Nacional
Rosalvo Salgueiro Silva
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Na ONU: Pela Paz no Oriente Médio e Solidariedade  com Povo Palestina





“ É urgente que encontremos um caminho para a paz, não é preciso que palestinos e judeus se amem agora, por enquanto é suficiente se respeitem e se suportem”






Nos dias 24, 25, 26 3 27 de março último a ONU realizou, em Quito – Capital do Equador, uma reunião internacional para discutir a situação da Palestina. A reunião foi organizada pelo Comitê da ONU para o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino e reuniu embaixadores de vários países assim como Organizações Não Governamentais com status consultivo perante as Nações Unidas e outras que mesmo não tendo este status dedicam-se exclusivamente às questões palestinas.

Nosso coordenador nacional Rosalvo Salgueiro representou o SERPAJ-Brasil e nos fala da sua participação e faz uma avaliação do encontro. Rosalvo observou que os embaixadores das principais potências econômicas e militares do mundo  não compareceram à reunião, como os Estados Unidos, os países da União Europeia ou ainda a Rússia, a China, Índia, África do Sul e outros, segundo sua avaliação estas ausências dificultam os avanços na construção da Paz para região a partir deste fórum, entretanto reconheceu que os países presentes são exatamente os que têm feito a diferença e mantido vivo o assunto e que aos poucos vão criando as condições históricas para que medidas mais efetivas sejam tomadas e respeitadas pela comunidade internacional. “Se hoje a Palestina é reconhecida oficialmente pela ONU como um Estado (embora não membro pleno), é graças aos esforços e da articulação justamente dos países que estavam presentes na reunião” afirmou. 

A tônica das intervenções, tanto dos representantes da própria ONU como o Embaixador Adou Salam Diallo que preside o Comitê anfitrião ou o Embaixador Oscar Fernandez Taranco Secretário-Geral Adjunto para Assuntos Políticos do Departamento de Assuntos Políticos das Nações Unidas, que representou na reunião o Secretário Geral Ban Ki-moon, dos embaixadores apresentantes dos países, inclusive o Embaixador  Ryad Mansur representante da Palestina na ONU, dos peritos e também das Organizações Não Governamentais , foi no sentido de lamentar que o Estado de Israel se negue a cumprir as Resoluções da ONU, assim como continua a destruir as casas dos palestinos transferindo as pessoas para acampamentos de refugiados e reocupando os ligares com a construção de vilas que são chamadas de  acampamentos ou colônias judaicas. Promovendo assim a substituição completa da população palestina das comunidades locais.

O embaixador Adou Salam, ressaltou as conquistas do Comitê até a presente data e convidou a todos a se debruçarem com seriedade e solidariedade ao povo palestino, para nestes dias de reunião encontrar alternativas que possam levar a novos passos significativos para a construção da paz entre palestinos e israelitas. “O que se busca a o restabelecimento da Paz com base em dois Estados soberanos livres e independentes com as fronteiras anteriores a 1967 e com a Capital da Palestina em Jerusalém ocidental”. 

O Secretário-Geral Adjunto, embaixador Oscar Fernádez Taranco falou de contribuições concretas dos países, muitos deles presentes, em relações bilaterais com a Palestina, como exemplo citou o Brasil que estabeleceu oficialmente relações diplomáticas e mantém convênios de cooperação econômica e tecnológica com a Palestina, defendendo inclusive a sua admissão plena como Estado Membro da ONU.

O Embaixador Ryad Mansur que representa a Palestina na ONU fez um longo e comovente relato dos percalços que sofre seu povo e terminou dizendo que se não houver sanções econômicas e políticas efetivas contra Israel, este continuará com sua política de ocupação, substituição da população e de massacre das comunidades palestinas apropriando-se dos seus bens e recursos materiais e destruindo seu patrimônio histórico e cultural. Terminou dizendo que para Israel a ocupação é “Bom Negócio” e que só mudará de atitude se for obrigado pela comunidade internacional. Um boicote internacional a produtos e empresas de israelenses é uma das alternativas que a comunidade internacional pode adotar para vergar Israel para que ela cumpra as Resoluções das Nações Unidas.

Um a um os embaixadores falaram demonstrando com números e fatos o quanto seus países estão comprometidos em ajudar a Palestina e contribuir para que ambos os povos vivam e convivam em paz.

Os peritos também, em seus diagnósticos, foram unânimes em condenar a atitude de Israel e a demonstrar a violência, a imoralidade e a ilegalidade dos seus atos, ao mesmo tempo ensaiaram apresentação de propostas de ação que os presentes poderiam adotar para sair do campo da condenação moral e da lamentação pura e simples, passando a uma atitude proativa que vá além das articulações diplomáticas e que permita à comunidade internacional ter esperanças de que a paz na região será alcançada.

Entre os vários especialistas que assessoraram o encontro estavam três brasileiros: a professora de história árabe da USP  Arlene Elizabeth Clamesha, Pedro Ferraracio Charbel e Adriana Mabília. Também contribuíram com sus reflexões os peritos: Diego Arria dos Estados Unidos, Juan Raúl Ferreira e Leonel Groisman e Abder Rahim Jbara Husein do Uruguai,  Maia Guiskin do Chile, Omar Al-Kaddour e Mariela Volcovich da argentina.

O professor Edward (Edy) Kaufman, especialista em Gestão de Conflitos da Universidade Maryland apresentou um impressionante relato da situação atual em Israel  segundo sua visão. Ele falou das dificuldades para se alcançar a Paz entre palestinos e judeus, principalmente pelas posições e influências das comunidades de ambos os povos em diáspora. Falou da sua teoria do nacionalismo à distância (Nacionalism in here and nacionalism in there) que muitas vezes levam as pessoas a ficarem apegadas a eventos do passado e impedem que o diálogo e a busca do entendimento avancem. O professor Kaufman é o ideólogo do Consenso Pela Paz Palestino-Israelense, uma organização que já existe em muitos países da América Latina e em Israel. Na reunião de Quito estavam presentes os Consensos da Argentina, Uruguai e Chile, a Associação Americana de Juristas e outras

Associação Americana de Juristas
Associação Americana de Juristas
Falando pelo SERPAJ-Brasil, Rosalvo Salgueiro disse que toda iniciativa e colaboração na construção da Paz são importantes e que o SERPAJ reconhece que neste trabalho algumas organizações devem ter papeis protagônicos como é o caso das organizações como os Consensos Para a Paz entre Palestinos e Israelenses e Peace Now (Paz Agora) presentes na reunião. Que o SERPAJ é uma organização internacional de Defesa dos Direitos Humanos, e que em muitos país onde atua está muito envolvido em questões sociais e que portanto, é a partir da sua atuação específica que se solidariza e se envolve neste processo de construção da Paz.
Terminou dizendo que é preciso trabalhar pela Paz e aceitar ainda que provisoriamente a Paz possível, deixando a busca da Paz ideal para uma etapa seguinte. “ É urgente que encontremos um caminho para a paz, não é preciso que palestinos e judeus se amem agora, por enquanto é suficiente se respeitem e se suportem” se conseguirmos isso já teremos dado um grande passo.

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